Recebemos diversos e-mails de alunos nos apoiando pelas opiniões veiculadas aqui pela página. Não tínhamos idéia desta repercussão tão positiva. Na verdade, ao clicar no "publicar" a postagem, estávamos receosos pela reação da platéia de estudantes que leriam, concordariam ou não com nossa ácida opinião em relação a faculdades caça-níqueis.
Por conta disso, tomo a liberdade agora para citar um outro exemplo: quando eu fui chamado para dar aula numa universidade (do interior de São Paulo), aceitei prontamente o desafio, já que precisava de uma experiência no ensino superior. Não levei em consideração o fato dela ser particular. Pensei apenas na experiência nova que teria em preparar novos materiais, aulas diferentes, relacionar textos e livros para leitura e debates com os alunos e assim por diante.
A diferença, no entanto, é que a aula não era presencial. Era gravada. Tudo bem... mais uma experiência e nova adaptação. Linguagem (sem muitas piadas, nem brincadeiras), dinamismo e, lógico, a linguagem da câmera é muito mais dinâmica que a da sala. Legal! Vamos lá. Gravei a primeira bateria de 4 aulas. Na sequência um e-mail desanimador... os alunos que assistiram a aula gostaram dela. Mas queriam uma apostila para poder estudar... e não livros ou textos que eu tive o cuidado de separar da minha biblioteca e levar para fazer citações e comentários. No e-mail ainda havia a seguinte mensagem.... que não era para eu forçar a barra, pois a turma era fraquinha...
Gente... eu tava dando aula para futuros professores de história, que não queriam ler... discutir... coisas essenciais para a construção do conhecimento de história! Absurdo, não?